O artista plástico João da Mata, aos 63 anos, realiza sua primeira exposição de arte, na Galeria Trapiche
Peças utilitárias: é permitido sentar sobre as obras de arte. |
“Não toque nas obras”. Essa é a orientação que, muitas vezes, lemos nas plaquinhas de muitas exposições de arte no Brasil afora. Mas não nessa exposição. Lá, não só é permitido tocar nos objetos, como também sentar-se sobre eles.
Sente-se: arte e design. Assim é intitulada a exposição do artista plástico maranhense João da Mata, que utiliza pedaços de madeira, que seriam descartados, para a produção de peças artísticas e utilitárias. “O nome é autoexplicativo”, conta Paulo Melo Sousa, diretor da Galeria Trapiche Santo Ângelo, local onde acontece a exposição. “Os objetos foram feitos para que as pessoas pudessem sentar, são bancos”, completa. Além disso, o artista produz outros tipos de móveis em madeira, como mesinhas, por exemplo.
Apesar de não possuir formação
acadêmica, João da Mata impressiona pela criatividade com que produz suas
peças. Para o diretor da galeria, “João da Mata é um artista intuitivo, é autodidata”.
Segundo ele, o artista encontra a matéria-prima para seus objetos de arte nas
praias, em oficinas de marcenaria, e até mesmo na rua. “São coisas
descartáveis, e ele vai trabalhando com criatividade e vai criando esses
objetos. [...] São móveis que são construídos a partir de material reciclado,
de madeira reciclada que normalmente ele encontra jogada fora”.
No último dia 31, aconteceu a vernissage da mostra, que deve ficar em cartaz até o dia 22 deste mês. A visitação é gratuita e
pode ser realizada de segunda a sexta, das 14h às 19h.
Galeria Trapiche Santo Ângelo?
É uma galeria de artes visuais, que fica localizada na Avenida Vitorino Freire, s/n, Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração. “Essa galeria não é somente de artes plásticas, ela é de artes visuais. Aqui nós já realizamos eventos na parte de desenho e fotografia. Então ela é bastante ampliada”, explica o diretor da galeria.
É uma galeria de artes visuais, que fica localizada na Avenida Vitorino Freire, s/n, Praia Grande, em frente ao Terminal de Integração. “Essa galeria não é somente de artes plásticas, ela é de artes visuais. Aqui nós já realizamos eventos na parte de desenho e fotografia. Então ela é bastante ampliada”, explica o diretor da galeria.
Ainda segundo ele, em dezembro terá
início o IV Salão de Artes de São Luís, que deverá acontecer até fevereiro do
ano que vem. “De fevereiro em diante, praticamente, as pautas de 2014 já estão
quase esgotadas, porque até agosto nós temos exposição já agendada e, logo em
seguida, já vai entrar novamente o Salão [de Artes] do ano que vem. Então nós
vamos ter ainda uns dois meses como pautas livres para exposições”.
Paulo Melo revela que toda essa
visibilidade e credibilidade foram conquistadas graças ao diálogo estabelecido
entre a Galeria e os artistas maranhenses, abrindo espaço para todos
“indiscriminadamente, sobretudo aos mais novos, e ainda aqueles que não
expuseram anteriormente”. Tudo isso ajudou a construir a boa imagem da Galeria
junto à classe artística.
“A gente tá aqui justamente com a
missão de abrir esse espaço para os artistas, porque entendemos que esse é um
espaço público que é mantido com dinheiro da população a partir de impostos”,
assegura Paulo.
"Existimos de fato, mas não de direito", diz o diretor da Galeria. |
“Existe um projeto de transformar
a Fundação Municipal de Cultura em Secretaria de Cultura e, no momento em que
isso acontecer, que nós não sabemos quando, é que a Galeria vai se tornar uma
unidade da Secretaria de Cultura e, portanto, poder, talvez, ter uma
personalidade jurídica e conseguir desenvolver projetos para captação de
recursos”, revela o diretor. Por enquanto, a Galeria vem se mantendo com a
colaboração dos artistas e da iniciativa pública municipal.
Escrito por: Juliana Vieira, da Redação Foca aí!
Escrito por: Juliana Vieira, da Redação Foca aí!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Interaja com a gente!