terça-feira, 27 de maio de 2014

Mapa Cultural - Semana 25 - 31 de maio de 2014

A semana começou com muitas atividades na Ilha, e a equipe do Foca Aí estava em busca das informações para você, leitor:

Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
Cores:
Azul: eventos com inscrições gratuitas;
Vermelho: eventos com inscrições mediante pagamento de taxas;
Verde: eventos para um público específico.


Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
Cores:
Azul: eventos com inscrições gratuitas;
Vermelho: eventos com inscrições mediante pagamento de taxas.
Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
Cores:
Azul: eventos com inscrições gratuitas;
Vermelho: eventos com inscrições mediante pagamento de taxas.


Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
Cores:
Azul: eventos com inscrições gratuitas;
Vermelho: eventos com inscrições mediante pagamento de taxas;
Lilás: eventos já realizados.
Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
As exposições têm entrada franca.


Fontes: Páginas virtuais dos eventos e/ou de suas instituições promotoras.
As exposições têm entrada franca.




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domingo, 25 de maio de 2014

Celebração de aniversário da Escola de Música do Maranhão

22/05/14
Abertura da Concerto pelos 40 anos da EMEM, com Fernando de Carvalho

A celebração dos 40 anos da Escola de Música do Maranhão (EMEM), "Lilah Lisboa de Araújo", atraiu para o Teatro João do Vale um público ansioso por arte, nos dias 21 e 22 deste mês. Sob o tema "Cifrando pessoas, compondo músicos", a homenagem contou com uma programação pautada em releituras de obras musicais de diversos gêneros, apresentadas por alunos e professores da Escola e demais convidados, como cantores, instrumentistas, corais e bandas. A abertura contou com a presença da Secretária de Cultura Olga Simão, do Diretor da EMEM, Raimundo Luís Ribeiro, da professora Lisiane Nina e dos produtores culturais Fernando de Carvalho e Regina Oliveira, após a reexibição de um documentário sobre os 40 anos da Jovem Senhora. Conhecer o contexto de sua criação e experimentar dois dias de concerto, com um repertório cuidadosamente elaborado para o momento, transformou os presentes em coautores dessa história de formação de plateia e de profissionais da música. Apesar das intensas chuvas e da precariedade do transporte público, que têm comprometido a mobilidade em São Luís, foi visível o interesse dos moradores da cidade em prestigiar o evento. Teatro lotado, atenção à execução das peças, registros sonoros e fotográficos e palmas calorosas foram indícios do reconhecimento do trabalho realizado pela EMEM.
Escrito pela Equipe do Foca Aí

Acesse o vídeo (link) - Repórter Mirante


Aguarde atualizações, com fotos e trechos de entrevistas !



quarta-feira, 21 de maio de 2014

EMEM: 40 anos regados à música

Não é todo dia que se completa 40 anos, né? E também não é todo mundo que comemora essa data com música! (As mulheres que o digam...). A Escola de Música do Estado do Maranhão (EMEM) irá celebrar seus 40 anos de atividade com concertos musicais abertos ao público no Teatro João do Vale! Começa nesta quarta-feira (21), a partir das 19h. Mas não para por aí! Na quinta, no mesmo horário, mais música boa para a alma - e ouvidos!

Confira a programação completa!

21 de maio, quarta-feira

Abertura: vídeo em homenagem aos 40 anos da Escola de Música.
- Orquestra de Violões (Regência: Roberto Froes)
- Courtly Masquing Ayres 2, 3 e 8 (Arr.: Orlando Fraga) John Adson
- Palhaço (Arr.: Adailton Pupia) Egberto Gismonti
- Ninho de Cobra (Arr.: Mário da Silva) Waltel Branco
- Congada (Francisco Mignone) Ana Neuza Araújo e Andrea Lúcia Rodrigues
- Segunda Valsa (da suíte jazz de Dmitri Shostakovich) Ana Neuza Araújo e Paula Figueiredo da Silva
- Marly Gavotte (Innácio Cunha) Manoel Mota e Jayr Torres
- Doce Mistério da Vida (Romanze) Innácio Cunha
- Tico-tico no Fubá (Zequinha de Abreu e Gawaine Lisbôa) Sylvio Cavalcante
- O Nascimento do Dia (Gawaine Lisboa) Gawaine Lisboa
- Con te Partirò (Francesco Sartori/L. Quarantotto) Thaynara Oliveira e Pedro Paulo
- Tourdion (Pierre Attaingnant) Coral da EMEM
- Pavane Pour Une Infante Défunte (Maurice Ravel) Banda de Câmara da EMEM
- Terna Saudade (Anacleto de Medeiros) Orquestra de Câmara da EMEM

22 de maio, quinta-feira

Abertura: vídeo em homenagem aos 40 anos da Escola de Música.
- Valsa da Vida (Paulinho da Viola) João Pedro Borges
- Valsa Venezuelana n° 3 (Antonio Lauro) João Pedro Borges
- Pavane (Gabriel Fauré) Paulo Oliveira e Rose Fontoura
- Trem das Onze (Adoniran Barbosa) Jamilson Denis e Norlan Lima
- Dona Lee (Charlie Parker) Grupo Farinha d'Água
- Dayanna Chamamé (Alessandro Penezzi) Luiz Junior, Rui Mário e Wanderson Silva
- Cazon (from Sacrae Symphoniae Gioavanni Gabrieli) Grupo S. L. Tubones
- Bebê (Hermeto Pascoal) Jayr Torres Trio e Cia.
- Santa Morena (Jacob do Bandolim) Instrumental Pixinguinha e Rose
- Battle Suite (Arr.: Philip Jones) Grupo Marabrás
1. Mov. Galliard Battaglia
3. Mov. Canzon Bergamasque
- Amazonas (João Donato e Lysias Ênio) Combo 363
- Flamingo (Ted Groya e Ed Anderson) Combo 363

Escrito por Juliana Vieira, da Redação, com informações de Na Mira

Aplicação de exame pelo ISF visa aumentar a internacionalização da UFMA

A coordenadora do Inglês Sem Fronteiras na UFMA, Naiara Santos, desmistifica algumas questões acerca do intercâmbio estudantil e estudo da língua inglesa

Naiara Santos: “É uma forma de mostrar para a CAPES, pro MEC, que tem interesse [por parte dos alunos da UFMA] em se fazer intercâmbio”
Na manhã do dia 12 de maio, segunda-feira da semana passada, foi realizada uma reunião com alunos da UFMA interessados em realizar intercâmbio estudantil. O encontro, ocorrido no Auditório Setorial do CCH (Centro de Ciências Humanas), na UFMA, foi uma iniciativa da Coordenação do Programa Inglês Sem Fronteiras e teve por objetivos: 1) incentivar os alunos a realizarem o exame de proficiência em língua inglesa TOEFL ITP, que está sendo oferecido gratuitamente aos estudantes da UFMA; 2) sensibilizar os universitários quanto à importância de estar matriculado no My English Online (http://www.myenglishonline.com.br/), curso de inglês online do programa, como requisito para a participação da modalidade presencial do curso de língua estrangeira do Inglês sem Fronteiras, com novas turmas a serem oferecidas no mês de junho.

Em entrevista concedida ao Foca aí!, Naiara Santos, coordenadora do ISF (Inglês sem Fronteiras) na UFMA e, também, coordenadora do curso de Letras da instituição, asseverou ser essencial que os alunos façam a avaliação TOEFL ITP, mesmo aqueles que não conhecem bem o idioma, pois o propósito do programa com a oferta do teste de nivelamento é fazer um diagnóstico com a finalidade de identificar a provável necessidade que a Universidade possui de mais investimentos no tocante à internacionalização da instituição. “O aluno que não sabe inglês, ele não quer perder o tempo dele fazendo teste. Mas o que CAPES quer é, justamente, ver isso, ver que ele não sabe (...) uma coisa é ele vir aqui e dizer pra mim: ‘professora, eu não sei nada de inglês...’. Aí ele tá dizendo isso pra mim, eu sei disso, mas eu preciso mostrar isso pra CAPES. E como é que eu mostro? Através do teste”, explicou a coordenadora.

CAPES é a sigla para Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A parceria entre ela, Ministério da Educação (MEC) e Secretaria de Educação Superior (SESu) deu origem ao Programa Inglês Sem Fronteiras, criado com o objetivo de fomentar a aprendizagem do idioma inglês pelos universitários brasileiros.

As políticas de internacionalização da Universidade consistem, entre outras ações, no aumento do número de vagas para os cursos presenciais do ISF e, posteriormente, de acordo com a demanda, possível aumento do número de bolsas para intercâmbio. Mas isso só acontecerá se os alunos mostrarem-se interessados na aprendizagem da língua inglesa.

“Tudo o que o aluno faz visando isso, de alguma forma, é armazenado, porque pelo CPF dele a CAPES tem como saber o caminho que ele tem seguido até concorrer a uma bolsa pra intercâmbio. Então, ele começou aqui, fazendo teste, tinha uma pontuação baixa, depois ele fez o curso, entendeu? Então, tem como a gente avaliar esse aluno, o interesse desse aluno, pelo CPF dele, simplesmente pelo histórico de coisas que ele vai fazendo em torno da língua, pra se qualificar linguisticamente”, detalhou Naiara. E completou: “então nós não podemos enviar mais pessoas pra fora do país, como muitos vão e voltam. No caso do Ciências Sem Fronteiras, muitos foram, não tinham conhecimento da língua, tiveram que voltar. Então é dinheiro público jogado fora”.

Ela conta ainda que, atualmente, tem sobrado bolsas de intercâmbio estudantil. Isso acontece porque os alunos não atendem aos pré-requisitos. “Ciências Sem Fronteiras tem sobrado. Porque ele [aluno] precisa ter um bom inglês, ele precisa ter um bom rendimento escolar, ter um bom histórico escolar e tem outros requisitos (...) muitos deles não preenchem isso”, afirmou ela.

Sobre as reclamações feitas por alguns alunos, principalmente das áreas de ciências humanas e sociais, de que as bolsas são oferecidas, em sua maioria, aos alunos de exatas e tecnológicas, a coordenadora do ISF na UFMA explicou: “olha, têm menos [bolsas para a área de ciências humanas e sociais] do que [para] a tecnológica, é verdade, mas tem (...) por isso eu peço que o aluno interessado procure a assessoria de internacionalização, lá eles têm todas as informações”.

TOEFL ITP

O exame TOEFL ITP é um exame que comprova a proficiência em inglês, ou seja, 0 grau de apropriação da língua. É uma avaliação muito confiável, sendo, inclusive, requerida em muitas instituições de ensino ao redor do mundo para a admissão de estudantes que não possuem o inglês como língua materna. Não é apenas uma ferramenta de diagnóstico para a CAPES avaliar a necessidade de políticas a serem aplicadas na Universidade. O aluno que alcançar um bom resultado no teste – disponibilizado após, aproximadamente, um mês da data de realização do teste – poderá utilizar a nota para outras finalidades, como para comprovar a fluência em inglês para realização de pós-graduação no exterior, por exemplo.

Além disso, essa também é uma oportunidade para que o estudante realize gratuitamente um exame que, para os que não estão se inscrevendo por meio do ISF, custa em torno de R$ 250,00, segundo Naiara. Mas essa oferta tem data para acabar. O exame só será oferecido gratuitamente aos alunos da UFMA até o dia 30 de junho!

Para realizar o teste TOEFL ITP ou participar dos cursos presenciais – que estarão com inscrições abertas em meados do mês de junho, segundo a coordenadora do Inglês Sem Fronteiras –, é necessário realizar a inscrição através do site do Programa: http://isf.mec.gov.br/

Para mais informações, entrar em contato com o Centro de Línguas da UFMA através do telefone (98) 3272-8383; encaminhar-se ao Andar térreo, bloco 6, CCH – UFMA; ou enviar e-mail para inglesemfronteiras@gmail.com.

Escrito por: Juliana Vieira, da Redação.

domingo, 18 de maio de 2014

Mapa Cultural II - Eventos e atividades da Semana

Principais informações sobre nossos possíveis enfoques:

  • Eventos Acadêmicos
  • Mostras
  • Espetáculos
  • Lançamentos / Publicações
  • Atividades esportivas
  • Teatro






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Mapa cultural - semana 18 - 25 de maio de 2014

Instituições públicas, privadas e independentes responsáveis pela organização, sede e apoio a eventos e atividades de cultura e lazer da semana

Órgãos Estaduais

Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Fundação de Amparo à Pesquisa no Maranhão - FAPEMA
Museu Histórico e Artístico do Maranhão - MHMA
Acervo Público do Estado do MAranhão - APEM
Biblioteca Pública Benedito Leite - BPBL
Escola de Música do Estado do Maranhão - EMEM
Centro de Criatividade Odilo Costa Filho - CCOCF
Teatro Arthur Azevedo - TAA
Teatro João do Vale -TJV

Órgãos Federais

Ministério da Cultura - MinC
Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Outros Órgãos 

Serviço Social do Comércio - SESC
Organização sem fins lucrativos "Projeto 7 Vidas"
Cinema UCI Kinoplex (Shopping da Ilha)
Cinema Cinesystem (Shopping Rio Anil)

Confira a localização de cada instituição e páginas na Internet
UEMA
MHMA
APEM
BPBL
EMEM
CCOCF
TAA
TJV
UFMA
SESC
 "Projeto 7 Vidas"
Cinema UCI Kinoplex (Shopping da Ilha)
Cinema Cinesystem (Shopping Rio Anil)

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terça-feira, 13 de maio de 2014

126 Anos de Omissão

Para os racistas 13 de Maio é um dia de fazer de conta que somos todos iguais. Fingir que as relações raciais são harmônicas. Fingir que o amor não tem cor, pois as pessoas são transparentes. Fingir que não existe racismo. Fingir que somos uma democracia racial. Fingir que a miscigenação é benéfica e erradicou a possibilidade de ódio racial. Fingir que a escravidão foi branda. Fingir que a liberdade foi concedida pela bondade da realeza de ascendência lusitana. Fingir que o negro é o mais racista, pois vendeu seus irmãos na África e repudia seus irmãos hoje.
Para o povo negro é mais um dia de lutar contra as flagrantes e presentes desigualdades. Lutar contra as discriminações. Lutar contra a imposição do embranquecimento estético, cultural, político e ideológico. Lutar contra o racismo no interior da própria família propagado por parentes (e até cônjuges) de etnias diferentes. Lutar contra o racismo institucional promovido pelo próprio Estado que se omite ou que efetivamente atua na opressão e extermínio da população negra. Lutar contra a insistência de que o racismo é velado, como se não existissem inúmeras demonstrações cotidianas de preconceito. Lutar contra os reflexos ainda perceptíveis da escravidão. Lutar pelo reconhecimento da importância da militância negra no passado e no presente para construir as mobilizações futuras. Lutar para conscientizar irmãos e irmãs que permanecem influenciados pelo ideário racista, sendo cúmplices da própria opressão.
13 de Maio não é o dia de lembrar a falsa abolição, que nos tirou da escravidão e nos levou à miséria, ao sub-emprego, à violência, à criminalização. 13 de Maio é dia de lutarmos para acabar com o que ainda resta da hierarquização da nossa sociedade historicamente racializada.
Nesse dia temos que lutar para sermos reconhecidos como seres humanos, diferentemente do que milionários oportunistas e pessoas que eternamente repudiaram a própria negritude tentaram nos convencer nos animalizando tal qual os escravistas.

Escrito por um leitor, especialmente para a Redação Foca Aí


Richard Christian Pinto dos Santos, marido de uma negra, pai de outra, professor de escolas públicas de periferia com alunado majoritariamente negro, estudante de doutorado numa turma com 25% de pessoas negras num estado com 75% de negros na população total, militante de movimento negro, pesquisador das relações raciais na sociedade brasileira.

Ler, escrever e fazer a história da mídia no Maranhão: trajetos desafiadores

ALCAR Nordeste - em 09-05-14
Roda de Conversa "Ativismo digital e as novas formas de Resistência"
            (ALCAR Nordeste 2014)
O campus da UFMA, em São Luís, tornou-se palco de amplos debates sobre a história da mídia nos dias 08 e 09 de maio, na mesma semana em que o Seminário Carajás 30 anos também debatia uma problemática de repressão e resistência. No seminário, pesquisadores, ativistas e representantes de trabalhadores de áreas marcadas por conflitos socioambientais exploraram um tema relevante para o contexto local. Professores do curso de Comunicação Social da UFMA participaram do debate, a mídia NINJA se fez presente e atuante, mas a imprensa tradicional do estado deu pouco espaço ao evento. Esse episódio e suas implicações não passaram despercebidos no III Encontro de História da Mídia - ALCAR Nordeste 2014, estimulando reflexões.
Considerando o caso destacado, constata-se que ler e escrever a história da mídia é uma atividade que começa no ambiente acadêmico. Nesse sentido, o professor Ferreira Jr., coordenador da edição 2014 do encontro, acredita em avanços no Maranhão, pela própria realização do encontro regional no estado, assim como do nacional em 2006. Interpreta isso como engajamento de estudantes e demais pesquisadores da área nessa atividade.

Registrar para construir a memória

Tendo em vista que a Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (ALCAR) abre espaços para inquietações nacionais e locais, amplia-se, nesses eventos, a possibilidade de trazer para o espaço público o que está silenciado. Conforme a presidente Berenice Machado, A ALCAR quer registrar, disponibilizando todos os trabalhos que são apresentados. “Isso é registro, isso é memória”, enfatiza.
Berenice lembra ainda que a proposta da Associação é “que se aprofundem as pesquisas e as discussões envolvendo a história da comunicação, da mídia, os meios de comunicação das diferentes formas e manifestações”. O questionamento de Domingos de Almeida, estudante de Jornalismo do campus de Imperatriz, traduz uma inquietação neste sentido: “Como é que eu faço jornalismo e não conheço a história daquilo que eu faço?”
Esse questionamento é pertinente, já que o número de trabalhos inscritos (40) indica ainda “não se criou o hábito de apresentar trabalhos em GT’s, as pessoas se assustam um pouco, sobretudo os meninos da graduação”. É o que avalia Ferreira Jr, que faz, também, uma observação em relação a estados vizinhos: “eu acho até que nós do Maranhão precisamos acompanhar o ritmo de outros estados, que já têm pós-graduação, que têm linhas de pesquisa voltadas para a história do jornalismo, história da mídia”.
Convém, desse modo, que ações de incentivo em sala de aula não sejam negligenciadas pelos professores. Dora Silva, do primeiro período do curso de jornalismo de Imperatriz, é um exemplo de uma dessas ações: “eu nunca tinha participado de um encontro assim que envolve muitas, muitas pessoas (...), inclusive do Maranhão (...). Os professores falaram que seria bom a gente ter experiência de um evento desse porte”.
O incentivo do docente também pode ser percebido por quem realiza e divulga a produção científica. Em um GT (grupo temático) do encontro, o Professor Marcos Figueiredo, do curso de Comunicação Social da UFMA, apresentou o trabalho intitulado “Uma volta ao passado: os primeiros passos da TV Difusora, a primeira televisão maranhense”. Com o entendimento de que esse registro é necessário, ele avalia como fundamental a inserção do estado “nesta agenda nacional de debates tão importantes na área da comunicação”.

Rememorar para fazer a história

A professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marialva Barbosa, que ministrou a conferência de abertura do encontro, tratou do papel da imprensa durante o regime ditatorial (fruto do golpe de 64). A professora fez uma retrospectiva histórica, apontando vários segmentos da sociedade e parte da imprensa como colaboradores do regime, de forma ativa ou omissa. E foi além, traçando um paralelo entre as mobilizações pré e pós redemocratização. Para ela, “a história é produzida por aqueles que a vivem cotidianamente”.
Quanto ao século XXI, Marialva destacou a atuação da mídia NINJA, que, com o auxílio das novas tecnologias, deu grande visibilidade e repercussão ao “Vem pra rua”, das manifestações de junho de 2013, e à ação dos integrantes do Black block enquanto movimento de resistência. Essa discussão agradou, de forma que a estudante de Jornalismo da UFMA, Natália Madeira, considerou a conferência “uma das partes mais bacanas” do evento.
Os professores da Casa, Carlos Agostinho Couto, Franklin Douglas e Márcio Carneiro também exploraram esse tema, com a Mesa “Ativismo digital e novas formas de resistências”. Em seus discursos, alertaram sobre o risco de rechaçar ou enaltecer o universo digital e/ou o ativismo que nele se realiza, já que são marcados por mudanças e permanências. Nesse contexto, lamentaram a difícil situação do debate no Maranhão sobre determinadas pautas, tomando como exemplo o Seminário Carajás. Tanto na mídia tradicional como na blogosfera, o evento ficou fora do debate, pois questiona o modelo de desenvolvimento adotado por grandes corporações, conforme esclarece Franklin Douglas. Ele aponta, de modo pertinente, uma razão: "A Companhia Vale do Rio Doce é uma das principais, se não a maior, anunciante, patrocinadora de diversos veículos".

Ler e escrever a história da mídia consiste, portanto, em investir na formação, para um fazer jornalístico mais consistente e engajado. Retomando as declarações de Marialva Barbosa, pode-se concluir que existem muitos caminhos a serem explorados: “O jornalismo é uma das profissões mais promissoras do século XXI, mas não o jornalismo tradicional como a gente conhece”.

Escrito por: Joelma Baldez, da Redação Foca Aí

segunda-feira, 12 de maio de 2014

MEMORIAL CRISTO REI ESTARÁ PRESENTE NA SEMANA NACIONAL DE MUSEUS

Semana Nacional de Museus
Palácio Cristo Rei promove exposição “Coleções criam conexões”
A Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) chega a sua 12ª edição, em 2014, com o instigante tema “Coleções criam conexões” e terá uma diversificada programação em todo o Brasil. Nesta edição, mais de 4.268 atividades serão desenvolvidas por 1.337 museus e outras instituições culturais, entre os dias 12 e 18 de maio. Em São Luís, diversos museus marcarão presença no evento, com vasta programação, e o Palácio Cristo Rei chegará a sua 8ª participação.
O museu da Universidade Federal do Maranhão, intitulado “Guardião das Memórias da UFMA” desenvolveu uma programação inteiramente voltada para a comunidade. A exposição “Memórias Guardadas: a Comunidade Conectando História com o Memorial Cristo Rei” será o grande destaque nas atividades previstas. Seu propósito é fortalecer os vínculos entre o Cristo Rei e a comunidade, em um resgate da memória dos moradores do Centro Histórico, aproximando-os da UFMA e sensibilizando-os quanto ao papel de produtores da própria história em São Luís.
A exposição fica aberta ao público de 13 a 30 de maio, no Centro Pedagógico Paulo Freire – Cidade Universitária e espera alimentar nos visitantes o desejo por interagir com a história, a partir das múltiplas conexões que as coleções podem estabelecer e fazer dos museus espaços vivos, que possibilitem uma releitura do passado.

Escrito por: Mariana Matos, colaboradora da Redação Foca Aí


Confira a programação:

sábado, 10 de maio de 2014

UFMA recebe Alcar Nordeste 2014, com participação expressiva de estudantes e pesquisadores da mídia

Foto do dia 09/05/2014
Alcar Nordeste 2014 motiva estudantes de Comunicação Social
No mês de muitas comemorações no tocante à comunicação, a Universidade Federal do Maranhão recebeu o III Encontro Nordeste de História da Mídia, com foco nos 50 anos do golpe civil-militar de 64

O ALCAR Nordeste 2014, incorporando o enfoque proposto pelo Comitê científico nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia (ALCAR), definiu como tema, para essa edição, “1964: Repressão e Resistência na Mídia”. Sob a coordenação do Professor José Ferreira Júnior, que leciona no Curso de Comunicação Social (UFMA), o evento foi realizado no campus da UFMA, em São Luís, nos dias 08 e 09 de maio.
Maria Berenice Machado, presidente da ALCAR nacional, explica que não há critérios predefinidos para a escolha de temas: “[...] é sempre um evento histórico, marcante, que possa nos auxiliar a reunir o maior número de pesquisadores, é um tema que possa motivar e engajar e que renda também”. O golpe civil-militar de 64 foi eleito como foco para as edições regionais em 2014, tendo em vista seus 50 anos. Ela frisa, porém, que não se trata de comemoração: “vamos rememorar, vamos desmemorar”.
Essa opinião também é compartilhada pelo coordenador do evento regional: “não se comemora, mas se lamenta que tenha havido esse episódio na história”. Ele se entusiasma, porém, com o número de inscrições: “Nós pensávamos num evento para 150 pessoas (...), os mais otimistas pensavam em 200; chegamos a 290”. Essa alta procura se revelou, para ele, “uma surpresa agradável” que “superou, e muito, a expectativa”.
Ferreira Jr. destaca que houve “forte participação daqui de São Luís, não só do curso de comunicação social, mas os cursos do CCSO, do CCH, o curso de Jornalismo de Imperatriz (...) e, pontualmente, participação de estados do nordeste, sobretudo, do Piauí, que é mais próximo”. Enfatiza, também, como ponto positivo, a presença de estudiosos de outras regiões: “tem gente do Pará, tem até um trabalho de Minas Gerais”.
O Professor Marcos Figueiredo, do Departamento de Comunicação Social (UFMA), que realiza um estudo pioneiro, demonstrou notável satisfação pela oportunidade de divulgar seus estudos na própria cidade: “[...] minha pesquisa é a história da televisão no Maranhão, eu me senti extremamente feliz, contemplado com a realização [...]; trazer esse tipo de evento pra cá é o que todos esperamos”.
A estudante de Jornalismo Mayra Costa, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) também se referiu de modo positivo ao encontro, e disse ter sido “uma honra” apresentar um trabalho em São Luís. Cientificamente, Mayra aponta duas razões pelas boas expectativas: a forte relação entre a temática e sua pesquisa sobre cinema marginal e a possibilidade de troca com estudantes de outras universidades. E, afetivamente, ela revela: “eu fico muito feliz porque meus avós são professores daqui e eles tiveram a oportunidade de me ver apresentando também”.

Uma discussão atual

Os 50 anos do golpe, que tem integrado a agenda da mídia nacional, promoveu reflexões sobre passado e presente, em Grupos Temáticos e Rodas de Conversa. Segundo Ferreira Jr., o evento definiu uma programação com equilíbrio entre os enfoques nacionais e locais. Isso pôde ser constatado pela diversidade de contextos em que os trabalhos estavam ambientados e pela presença de pesquisadores de outros estados e, também, do Maranhão. Nesse caso, destacam-se os que vivenciaram o momento do golpe,  sofreram a repressão política, e que, hoje, ainda atua no meio político e jornalístico maranhense.
Outra surpresa do evento foi a abordagem sobre novas formas de resistência, que têm surgido no espaço público, e sua divulgação por meios alternativos, como as manifestações de junho de 2013. De acordo com Ferreira Jr, essa abordagem estabelece maior proximidade com o público, sobretudo, com os jovens: “[...] a gente criou, por fim, uma mesa pra debater o ativismo digital, com professores nossos, aqui, professores que trabalham com mídia digital, que alimentam blogs”.
Essa proposta parece ir ao encontro dos interesses de jovens estudantes, que não se mostram satisfeitos com a mídia tradicional. Domingos Alves de Almeida, que cursa Jornalismo no campus da UFMA de Imperatriz, faz a seguinte reflexão sobre a mídia maranhense: “O sistema midiático que nós temos hoje nos representa? Eu acredito que não”. E conclui: “Ela representa uma classe elitizada, que é da mesma forma que aconteceu na ditadura militar”.

Escrito por: Joelma Baldez, da Equipe do Foca Aí

sexta-feira, 9 de maio de 2014

UFMA sedia ALCAR Nordeste 2014 e estimula pesquisadores da mídia

ALCAR Nordeste 2014
ALCAR Nordeste versa sobre o Golpe de 64.
O III Encontro Nordeste de História da Mídia reuniu estudantes, professores e profissionais de Comunicação Social, bem como pesquisadores de áreas afins nos dias 08 e 09 deste mês, na Universidade Federal do Maranhão. Sob o tema “1964: Repressão e Resistência na Mídia”, em função dos cinquenta anos do golpe civil-militar de 64, o evento contou com 290 inscritos, o dobro do número de participantes previsto, e 40 trabalhos. Recebeu estudiosos da mídia do próprio campus, do campus de Imperatriz, e de universidades de outros estados, que contribuíram para a realização de três Rodas de Conversa e apresentações de trabalho em seis Grupos Temáticos. Dentre essas apresentações, merece destaque a do professor Marcos Figueiredo, centrada no estudo pioneiro da história da televisão no Maranhão, no período compreendido entre 1962 e 1991. Sob a coordenação do Professor José Ferreira Júnior, que integra o corpo discente do Curso de Comunicação Social da UFMA, a edição 2014 do ALCAR Nordeste representa o engajamento dos pesquisadores maranhenses na investigação e no criterioso registro da história da produção midiática no domínio local. Em breve, mais informações sobre o evento.
Escrito por: Equipe do Foca Aí

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Crescimento desordenado de São Luís contribui para a poluição dos rios urbanos

Curso de água do rio Calhau

“Praticamente todos os rios de São Luís são rios altamente contaminados”, afirmou o consultor Márcio Vaz, doutor em Ciências Ambientais. Segundo ele, por conta de os rios da localidade serem cursos d’água de pequena vazão, eles não possuem volume de água suficiente para diluir os esgotos que são jogados in natura. “Aproximadamente 60% da cidade coleta esgoto, mas só 30% trata o esgoto”, revela Márcio. Ainda segundo ele, isso se deve, em grande parte, ao crescimento desordenado de São Luís, que se expandiu sem uma infraestrutura de saneamento.

“Existe uma relação direta entre a área urbana formal e a questão de contaminação das águas. Então uma área urbana formal é aquela que tem uma infraestrutura de saneamento, de coleta de resíduo, de lixo (...) e a área urbana informal é aquela que é criada a partir de uma comunidade, a partir de uma área de ocupação, e essa área se expande de uma forma irregular, não planejada, então geralmente ela não vai ter essa infraestrutura colocada em seu devido lugar”, elucida ele. E grande parte da área urbana da capital maranhense é categorizada como área informal, o que contribui para que uma grande quantidade esgoto sem tratamento seja lançado nos corpos hídricos da cidade.

“Basta uma comunidade estar contaminando o rio que eu posso ter 90% da bacia com o sistema de tratamento, mas o rio será contaminado por esses 10% que não têm tratamento. Então para garantir que nós não teríamos poluição na cidade e nas praias, nós teríamos que ter a garantia de que 100% da cidade está saneada”, contou. E avaliou: “então o cenário de curto e médio prazo de São Luís não é um cenário favorável, porque há uma grande área a ser saneada, e, ao mesmo tempo, essas áreas informais continuam se expandindo”.

Além dos esgotos, o lixo e resíduos que muitas vezes são varridos pelas águas das chuvas e arrastados para as correntes de água também são um dos responsáveis pela poluição dos recursos hídricos. “Mesmo em países de primeiro mundo que têm 100% de saneamento, a praia continua tendo problemas ocasionais, porque a chuva que lava a cidade leva contaminação para as praias e rios”, contou.

“A grande meta que nós deveríamos ter como sociedade não é eliminar integralmente a poluição. Esta sempre ocorrerá ocasionalmente. (...) Agora, também, nós não podemos aceitar áreas que são permanentemente contaminadas e que estão permanentemente impróprias”, concluiu Márcio.

Escrito por: Juliana Monteiro Vieira