terça-feira, 3 de junho de 2014

"Decisão Judicial se cumpre"



Líder nato, perspicaz e irônico. João Justus aponta as "razões" que levaram diversas tentativas de acordo ao fracasso. Fala do conjunto das medidas  que estão sendo tomadas para que São Luís volte a usufruir dos serviços "padrão FIFA".



Senhor Justus, alguma medida já foi tomada pela classe para que o percentual mínimo da frota seja colocado em circulação agora que o Tribunal Regional do Trabalho julgou a greve ilegal?
Estamos pensando ainda em nossas contas, porque agora que a Justiça decidiu aplicar multa diária pra nosso sindicato também... A ordem é garantir 70% da frota nas ruas, ou vamos ter que pagar 100 mil reais.... Ainda bem que deixaram por nossa conta a demissão de quem não for ao trabalho, só que teremos que contratar temporários...  Falam também em periciar nossas planilhas de custos. Pra que periciar plani... Ordem judicial se cumpre! Nós abrimos nossas empresas pra quem quiser visitar, mostramos os extratos bancários, abrimos os cofres, o coração.

O Sr. deve estar ciente dos comentários sobre a relação entre a greve dos rodoviários e o interesse da classe patronal em um possível aumento no valor da tarifa de passagens. Até que ponto a classe patronal chegou para evitar a possível greve? Por que esse tipo de comentário existe?
Que absurdo! Nós somos prestadores de serviço empenhados, orientamos e treinamos nossos funcionários para darem a devida assistência a todos que usam nossos veículos... inclusive idosos e cadeirantes, não importa em qual parada eles estejam. Pode ser nas mais arrojadas, que têm como abrigos troncos de árvores ou barraquinhas dos tios e tias que vendem bombons. Pode ser nas mais tradicionais, como na Av. Beira-Mar, onde a prefeitura resolveu instalar uns abrigos novos sem o estilo arrojadoEsses comentários absurdos só podem vir das redes sociais, daquele movimento Se a passagem aumentar, São Luís vai parar!, que não representa os moradores da capital de um estado emergente. Porque você sabe que as capitais emergentes...

E de que forma a classe patronal dialoga com os trabalhadores para que este tipo de situação não venha ocorrer?
Explicando a eles que estamos no vermelho. Eles fazem a proposta de reajuste e a gente aguarda eles reduzirem o valor antes e depois da greve. Nessa greve, 16% já caiu para 8%... De repente, cai para 7%. A gente sempre toma as medidas a partir das tomadas de decisão judicial ou do Ministério Público.... porque a justiça é cega e a cegueira...

Voltando aos prejuízos da classe, o que mantém os empresários ainda no ramo se o serviço oferecido gera tantos prejuízos?
A certeza de que podemos continuar oferecendo um serviço com conforto, segurança e bom gosto. Temos, inclusive, o propósito de disponibilizar novos ônibus, se formos atendidos. Só buscamos reconhecimento, porque nós atendemos os passageiros com toda a diligência

A promotora do Consumidor, Lítia Cavalcante, ao fim de uma das tentativas de acordo, disse que a reunião havia sido “improdutiva”. E você reafirma quando diz que não tem havido concessões. Então...
A Prefeitura estava reclamando de nossos serviços, negando um bom auxílio; os motoristas e cobradores estavam se recusando a voltar ao trabalho sem o reajuste. E nós, como já dissemos, estamos operando no vermelho. Por isso que nem sempre dá pra chegar a um acordo. Vou falar na linguagem dos internautas de redes sociais: Será que encontramos um “Acordo” no Google maps?

A Equipe Foca Aí agradece !

*João Justus questiona: "Cadê a fiscalização?"
*Esta é uma obra de ficcção, produzida a partir de dados extraídos de matérias radiofônicas e televisivas. Qualquer semelhança com alguma figura pública, ou abastada terá sido mera coincidência.

Escrito por Joelma Baldez e Rildo Corrêa, da Redação

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