terça-feira, 15 de outubro de 2013

O professor, o livro, o estudante...

O homem nasce com visão, audição, olfato, tato e gustação. Mas não nasce completo. Falta a ele capacidade de ler e escrever como quem fala e escuta. É a professora que — como um deus — acrescenta ao homem esse sentido que o completa! Esse trecho de “Uma professora muito maluquinha”, do Ziraldo, traduz o sentimento de gratidão que muitos de nós temos pelas mulheres e pelos homens que ajudaram a semear em nossas mentes o valor do respeito, da cooperação, da estima pelo outro, da busca dos próprios caminhos. Esse sentimento de gratidão é que nos impulsiona para adiante, alimenta nosso desejo de fazer bem feito o que escolhemos para nossas vidas.
Há poucos dias, contamos com a presença de Lúcia Santaella, uma dessas mulheres que espalham boas sementes. Sua palestra, na 7ª FeliS, teve como título “O livro será eterno” e apontou para um futuro em que a relação livro/leitor será estruturada de múltiplas formas. Contaremos com muitos perfis de leitores e inúmeros formatos de leitura, mesmo que nossos olhos fiquem mais próximos das telas que das folhas de papel. Esse futuro se destacará pela chamada ubiquidade, ou seja, a qualidade de estarmos sempre conectados, estimulados por diversos sinais, por várias linguagens. O livro será outro e, ainda assim, fará parte de nossas vidas. E neste cenário, o professor, que também será outro, continuará a se fazer presente como o mediador, o orientador, o semeador.
O contato com as primeiras letras, a formação do gosto pela leitura e pela escrita, o cultivo de valores que um bom livro pode proporcionar são processos que deixam em todos nós boas e importantes lembranças, especialmente quando o professor é aquele que constrói sentidos de forma cooperativa com seus alunos, transformando-os assim, em estudantes. Quando temos a figura desse professor em nossas memórias não importa que as informações se avolumem que as mudanças sejam tão rápidas e que o mundo eletrônico seja tão desafiador. Saberemos que nos caminhos do saber, sempre tivemos um bom companheiro.

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