Jovem visitante declama poema distribuído pelo mímico. |
O convite feito pelo mímico era aceito
facilmente, tendo em vista o próprio poder da poesia, como explica a pedagoga
Rose Frazão: “A poesia fomenta na pessoa a curiosidade e essa curiosidade faz
com que você seja feliz, como a leitura do livro”.
Realizada desde o primeiro dia, Gilson
esclarece que essa intervenção artística corresponde não só a uma ação de
recepção no evento, mas também a uma estratégia de divulgação e valorização da
literatura maranhense para todos que visitam a Feira. Ele revela que a
inspiração veio de observações feitas em São Paulo, cidade onde morou: “Eu
sempre olhava em São Paulo aqueles senhores com um realejo e um periquitinho
dentro de uma gaiolinha pegando as mensagens. Aí eu tive a ideia de trazer o
realejo pra divulgar poesia. Aí conversei com alguns poetas nossos, pedi
textos, poemas. Aí nasceu”.
A ideia é promissora, se for levada
em consideração a reação dos visitantes que se aproximavam, especialmente os
mais jovens. Crianças e adolescentes, liam os poemas com sorrisos nos lábios e
ainda faziam questão de um registro fotográfico com o artista. Para Bira do
Pindaré, que parou para participar desse momento, a performance de Gilson é
sempre inovadora, o que promove a interação. Entusiasmado, ele acrescenta: “Eu
peguei a mensagem, eu li em voz alta, as pessoas em minha volta ouviram a
mensagem, eu refleti sobre ela e eu vou carregar comigo a mensagem, no bolso, na
cabeça e no coração. Então isso é criativo”.
Quem teve a oportunidade de
conhecer esse trabalho levou consigo o encanto poético de autores locais, e
quem ainda não teve pode continuar visitando a Praia Grande, onde eventos como
a 7ª FeliS são realizados com a participação de artistas militantes de uma
cultura rica e diversificada.
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